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Saturday

March 30, 2024


Section 1 of 4

Ruth 2

About 2.7 Minutes

Noemi tinha um parente por parte do marido. Era um homem rico e influente, pertencia ao clã de Elimeleque e chamava-se Boaz.

Rute, a moabita, disse a Noemi: “Vou recolher espigas no campo daquele que me permitir”.

“Vá, minha filha”, respondeu-lhe Noemi. Então ela foi e começou a recolher espigas atrás dos ceifeiros. Casualmente entrou justo na parte da plantação que pertencia a Boaz, que era do clã de Elimeleque.

Naquele exato momento, Boaz chegou de Belém e saudou os ceifeiros: “O Senhor esteja com vocês!”

Eles responderam: “O Senhor te abençoe!”

Boaz perguntou ao capataz dos ceifeiros: “A quem pertence aquela moça?”

O capataz respondeu: “É uma moabita que voltou de Moabe com Noemi. Ela me pediu que a deixasse recolher e juntar espigas entre os feixes, após os ceifeiros. Ela chegou cedo e está em pé até agora. Só sentou-se um pouco no abrigo”.

Disse então Boaz a Rute: “Ouça bem, minha filha, não vá colher noutra lavoura, nem se afaste daqui. Fique com minhas servas. Preste atenção onde os homens estão ceifando, e vá atrás das moças que vão colher. Darei ordem aos rapazes para que não toquem em você. Quando tiver sede, beba da água dos potes que os rapazes encheram”.

10 Ela inclinou-se e, prostrada, rosto em terra, exclamou: “Por que achei favor a seus olhos, ao ponto de o senhor se importar comigo, uma estrangeira?”

11 Boaz respondeu: “Contaram-me tudo o que você tem feito por sua sogra, depois que você perdeu o seu marido: como deixou seu pai, sua mãe e sua terra natal para viver com um povo que você não conhecia bem. 12 O Senhor lhe retribua o que você tem feito! Que seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio!”

13 E disse ela: “Continue eu a ser bem acolhida, meu senhor! O senhor me deu ânimo e encorajou sua serva — e eu sequer sou uma de suas servas!”

14 Na hora da refeição, Boaz lhe disse: “Venha cá! Pegue um pedaço de pão e molhe-o no vinagre”.

Quando ela se sentou junto aos ceifeiros, Boaz lhe ofereceu grãos tostados. Ela comeu até ficar satisfeita e ainda sobrou. 15 Quando ela se levantou para recolher espigas, Boaz deu estas ordens a seus servos: “Mesmo que ela recolha entre os feixes, não a repreendam! 16 Ao contrário, quando estiverem colhendo, tirem para ela algumas espigas dos feixes e deixem-nas cair para que ela as recolha, e não a impeçam”.

17 E assim Rute colheu na lavoura até o entardecer. Depois debulhou o que tinha ajuntado: quase uma arroba de cevada. 18 Carregou-a para o povoado, e sua sogra viu quanto Rute havia recolhido quando ela lhe ofereceu o que havia sobrado da refeição.

19 A sogra lhe perguntou: “Onde você colheu hoje? Onde trabalhou? Bendito seja aquele que se importou com você!”

Então Rute contou à sogra com quem tinha trabalhado: “O nome do homem com quem trabalhei hoje é Boaz”.

20 E Noemi exclamou: “Seja ele abençoado pelo Senhor, que não deixa de ser leal e bondoso com os vivos e com os mortos!” E acrescentou: “Aquele homem é nosso parente; é um de nossos resgatadores!”

21 E Rute, a moabita, continuou: “Pois ele mesmo me disse também: ‘Fique com os meus ceifeiros até que terminem toda a minha colheita’”.

22 Então Noemi aconselhou à sua nora Rute: “É melhor mesmo você ir com as servas dele, minha filha. Noutra lavoura poderiam molestá-la”.

23 Assim Rute ficou com as servas de Boaz para recolher espigas, até acabarem as colheitas de cevada e de trigo. E continuou morando com a sua sogra.


Section 2 of 4

Acts 27

About 4.2 Minutes

Quando ficou decidido que navegaríamos para a Itália, Paulo e alguns outros presos foram entregues a um centurião chamado Júlio, que pertencia ao Regimento Imperial. Embarcamos num navio de Adramítio, que estava de partida para alguns lugares da província da Ásia, e saímos ao mar, estando conosco Aristarco, um macedônio de Tessalônica.

No dia seguinte, ancoramos em Sidom; e Júlio, num gesto de bondade para com Paulo, permitiu-lhe que fosse ao encontro dos seus amigos, para que estes suprissem as suas necessidades. Quando partimos de lá, passamos ao norte de Chipre, porque os ventos nos eram contrários. Tendo atravessado o mar aberto ao longo da Cilícia e da Panfília, ancoramos em Mirra, na Lícia. Ali, o centurião encontrou um navio alexandrino que estava de partida para a Itália e nele nos fez embarcar. Navegamos vagarosamente por muitos dias e tivemos dificuldade para chegar a Cnido. Não sendo possível prosseguir em nossa rota, devido aos ventos contrários, navegamos ao sul de Creta, defronte de Salmona. Costeamos a ilha com dificuldade e chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto da cidade de Laséia.

Tínhamos perdido muito tempo, e agora a navegação se tornara perigosa, pois já havia passado o Jejum. Por isso Paulo os advertiu: 10 “Senhores, vejo que a nossa viagem será desastrosa e acarretará grande prejuízo para o navio, para a carga e também para a nossa vida”. 11 Mas o centurião, em vez de ouvir o que Paulo falava, seguiu o conselho do piloto e do dono do navio. 12 Visto que o porto não era próprio para passar o inverno, a maioria decidiu que deveríamos continuar navegando, com a esperança de alcançar Fenice e ali passar o inverno. Este era um porto de Creta, que dava para sudoeste e noroeste.

13 Começando a soprar suavemente o vento sul, eles pensaram que haviam obtido o que desejavam; por isso levantaram âncoras e foram navegando ao longo da costa de Creta. 14 Pouco tempo depois, desencadeou-se da ilha um vento muito forte, chamado Nordeste. 15 O navio foi arrastado pela tempestade, sem poder resistir ao vento; assim, cessamos as manobras e ficamos à deriva. 16 Passando ao sul de uma pequena ilha chamada Clauda, foi com dificuldade que conseguimos recolher o barco salva-vidas. 17 Levantando-o, lançaram mão de todos os meios para reforçar o navio com cordas; e temendo que ele encalhasse nos bancos de areia de Sirte, baixaram as velas e deixaram o navio à deriva. 18 No dia seguinte, sendo violentamente castigados pela tempestade, começaram a lançar fora a carga. 19 No terceiro dia, lançaram fora, com as próprias mãos, a armação do navio. 20 Não aparecendo nem sol nem estrelas por muitos dias, e continuando a abater-se sobre nós grande tempestade, finalmente perdemos toda a esperança de salvamento.

21 Visto que os homens tinham passado muito tempo sem comer, Paulo levantou-se diante deles e disse: “Os senhores deviam ter aceitado o meu conselho de não partir de Creta, pois assim teriam evitado este dano e prejuízo. 22 Mas agora recomendo-lhes que tenham coragem, pois nenhum de vocês perderá a vida; apenas o navio será destruído. 23 Pois ontem à noite apareceu-me um anjo do Deus a quem pertenço e a quem adoro, dizendo-me: 24 ‘Paulo, não tenha medo. É preciso que você compareça perante César; Deus, por sua graça, deu-lhe a vida de todos os que estão navegando com você’. 25 Assim, tenham ânimo, senhores! Creio em Deus que acontecerá do modo como me foi dito. 26 Devemos ser arrastados para alguma ilha”.

27 Na décima quarta noite, ainda estávamos sendo levados de um lado para outro no mar Adriático, quando, por volta da meia-noite, os marinheiros imaginaram que estávamos próximos da terra. 28 Lançando a sonda, verificaram que a profundidade era de trinta e sete metros; pouco tempo depois, lançaram novamente a sonda e encontraram vinte e sete metros. 29 Temendo que fôssemos jogados contra as pedras, lançaram quatro âncoras da popa e faziam preces para que amanhecesse o dia. 30 Tentando escapar do navio, os marinheiros baixaram o barco salva-vidas ao mar, a pretexto de lançar âncoras da proa. 31 Então Paulo disse ao centurião e aos soldados: “Se estes homens não ficarem no navio, vocês não poderão salvar-se”. 32 Com isso os soldados cortaram as cordas que prendiam o barco salva-vidas e o deixaram cair.

33 Pouco antes do amanhecer, Paulo insistia que todos se alimentassem, dizendo: “Hoje faz catorze dias que vocês têm estado em vigília constante, sem nada comer. 34 Agora eu os aconselho a comerem algo, pois só assim poderão sobreviver. Nenhum de vocês perderá um fio de cabelo sequer”. 35 Tendo dito isso, tomou pão e deu graças a Deus diante de todos. Então o partiu e começou a comer. 36 Todos se reanimaram e também comeram algo. 37 Estavam a bordo duzentas e setenta e seis pessoas. 38 Depois de terem comido até ficarem satisfeitos, aliviaram o peso do navio, atirando todo o trigo ao mar.

39 Quando amanheceu não reconheceram a terra, mas viram uma enseada com uma praia, para onde decidiram conduzir o navio, se fosse possível. 40 Cortando as âncoras, deixaram-nas no mar, desatando ao mesmo tempo as cordas que prendiam os lemes. Então, alçando a vela da proa ao vento, dirigiram-se para a praia. 41 Mas o navio encalhou num banco de areia, onde tocou o fundo. A proa encravou-se e ficou imóvel, e a popa foi quebrada pela violência das ondas.

42 Os soldados resolveram matar os presos para impedir que algum deles fugisse, jogando-se ao mar. 43 Mas o centurião queria poupar a vida de Paulo e os impediu de executar o plano. Então ordenou aos que sabiam nadar que se lançassem primeiro ao mar em direção à terra. 44 Os outros teriam que salvar-se em tábuas ou em pedaços do navio. Dessa forma, todos chegaram a salvo em terra.


Section 3 of 4

Jeremiah 37

About 2.4 Minutes

Zedequias, filho de Josias, rei de Judá, foi designado rei por Nabucodonosor, rei da Babilônia. Ele reinou em lugar de Joaquim, filho de Jeoaquim. Nem ele, nem seus conselheiros, nem o povo da terra deram atenção às palavras que o Senhor tinha falado por meio do profeta Jeremias.

O rei Zedequias, porém, mandou Jucal, filho de Selemias, e o sacerdote Sofonias, filho de Maaséias, ao profeta Jeremias com esta mensagem: “Ore ao Senhor, ao nosso Deus, em nosso favor”.

Naquela época Jeremias estava livre para circular entre o povo, pois ainda não tinha sido preso. Enquanto isso, o exército do faraó tinha saído do Egito. E quando os babilônios que cercavam Jerusalém ouviram isso, retiraram o cerco.

O Senhor dirigiu esta palavra ao profeta Jeremias: “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Digam ao rei de Judá, que os mandou para consultar-me: O exército do faraó, que saiu do Egito para vir ajudá-los, retornará à sua própria terra, ao Egito. Os babilônios voltarão e atacarão esta cidade; eles a conquistarão e a destruirão a fogo”.

Assim diz o Senhor: “Não se enganem a si mesmos, dizendo: ‘Os babilônios certamente vão embora’. Porque eles não vão. 10 Ainda que vocês derrotassem todo o exército babilônio que está atacando vocês, e só lhe restassem homens feridos em suas tendas, eles se levantariam e incendiariam esta cidade”.

11 Depois que o exército babilônio se retirou de Jerusalém por causa do exército do faraó, 12 Jeremias saiu da cidade para ir ao território de Benjamim a fim de tomar posse da propriedade que tinha entre o povo daquele lugar. 13 Mas, quando chegou à porta de Benjamim, o capitão da guarda, cujo nome era Jerias, filho de Selemias, filho de Hananias, o prendeu e disse: “Você está desertando para o lado dos babilônios!”

14 “Isso não é verdade!”, disse Jeremias. “Não estou passando para o lado dos babilônios.” Mas Jerias não quis ouvi-lo; e, prendendo Jeremias, o levou aos líderes. 15 Eles ficaram furiosos com Jeremias, espancaram-no e o prenderam na casa do secretário Jônatas, que tinham transformado numa prisão.

16 Jeremias foi posto numa cela subterrânea da prisão, onde ficou por muito tempo. 17 Então o rei mandou buscá-lo, e Jeremias foi trazido ao palácio. E, secretamente, o rei lhe perguntou: “Há alguma palavra da parte do Senhor?”

“Há”, respondeu Jeremias, “você será entregue nas mãos do rei da Babilônia.”

18 Então Jeremias disse ao rei Zedequias: “Que crime cometi contra você ou contra os seus conselheiros ou contra este povo para que você me mandasse para a prisão? 19 Onde estão os seus profetas que lhes profetizaram: ‘O rei da Babilônia não atacará nem a vocês nem a esta terra’? 20 Mas, agora, ó rei, meu senhor, escute-me, por favor. Permita-me apresentar-lhe a minha súplica: Não me mande de volta à casa de Jônatas, o secretário, para que eu não morra ali”.

21 Então o rei Zedequias deu ordens para que Jeremias fosse colocado no pátio da guarda e que diariamente recebesse pão da rua dos padeiros, enquanto houvesse pão na cidade. Assim Jeremias permaneceu no pátio da guarda.


Section 4 of 4

Psalms 10

About 2.9 Minutes

Senhor, por que estás tão longe?
    Por que te escondes em tempos de angústia?

Em sua arrogância o ímpio persegue o pobre,
    que é apanhado em suas tramas.
Ele se gaba de sua própria cobiça
e, em sua ganância,
    amaldiçoa e insulta o Senhor.
Em sua presunção o ímpio não o busca;
não há lugar para Deus
    em nenhum dos seus planos.
Os seus caminhos prosperam sempre;
tão acima da sua compreensão estão as tuas leis
    que ele faz pouco caso
    de todos os seus adversários,
pensando consigo mesmo: “Nada me abalará!
Desgraça alguma me atingirá,
nem a mim nem aos meus descendentes”.
Sua boca está cheia de maldições,
    mentiras e ameaças;
violência e maldade estão em sua língua.
Fica à espreita perto dos povoados;
em emboscadas mata os inocentes,
    procurando às escondidas as suas vítimas.
Fica à espreita como o leão escondido;
    fica à espreita para apanhar o necessitado;
apanha o necessitado e o arrasta para a sua rede.
10 Agachado, fica de tocaia;
    as suas vítimas caem em seu poder.
11 Pensa consigo mesmo: “Deus se esqueceu;
    escondeu o rosto e nunca verá isto”.

12 Levanta-te, Senhor!
Ergue a tua mão, ó Deus!
Não te esqueças dos necessitados.
13 Por que o ímpio insulta a Deus,
    dizendo no seu íntimo:
    “De nada me pedirás contas!”?
14 Mas tu enxergas o sofrimento e a dor;
    observa-os para tomá-los em tuas mãos.
A vítima deles entrega-se a ti;
    tu és o protetor do órfão.
15 Quebra o braço do ímpio e do perverso,
pede contas de sua impiedade
    até que dela nada mais se ache.

16 O Senhor é rei para todo o sempre;
da sua terra desapareceram os outros povos.
17 Tu, Senhor, ouves a súplica dos necessitados;
tu os reanimas e atendes ao seu clamor.
18 Defendes o órfão e o oprimido,
    a fim de que o homem, que é pó,
    já não cause terror.

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